Brincar se ensina?

Brincar se ensina?

Quem ensina?

O adulto ensina uma criança a brincar?

Brincadeira se impõe?

Às vezes, com toda boa vontade do mundo, achamos que podemos ensinar uma criança a brincar; ou que podemos querer dirigir e conduzir sem a compreensão do ato genuíno de se brincar.

Brincar é algo muito sério, é ali que a criança experimenta e vive o seu mundo espontaneamente!

Vamos imaginar uma casa com quintal. Sempre tem ali um adulto zelando pelas crianças… Mãe, pai, tia avó… E as crianças estão no quintal interagindo umas com as outras… E começam a brincar, inventar, ensinar umas para as outras suas brincadeiras. Começam a imitar as ações e sentimentos que eles observam nos adultos.

Aí cansa… Muda de brincadeira, ou não cansa, e brinca por dias daquela mesma brincadeira, pois ela ainda não se esgotou! Não tem isso?

Lembrem-se da infância… não tinha aquela brincadeira que a gente queria brincar de novo e de novo? Este espaço sagrado do quintal ou lugar das infinitas possibilidades é o que de melhor podemos oferecer para as crianças. A gente não ensina uma criança a brincar, a gente no máximo brinca com ela, troca e compartilha. Vamos voltar a casinha com quintal… Como adultos, estamos ali… zelando por elas no que elas ainda não podem fazer sozinhas.

Como uma plantinha, regamos e damos espaço e tempo para que elas cresçam com inteireza e alegria. Quando falo em plantinha não é figurativo não… Por acaso a gente direciona para onde e como a plantinha vai nascer? Nos cabe regar, colocá-la no sol, alimentá-la de cuidados e … Deixá-la crescer. Reparem que se a gente não a coloca em um lugar com sol: ela busca o sol, vai se entortando em direção a ele!

Poxa… Mas como oferecer isso para as crianças em um mundo como o nosso? Um mundo urbano, super cheio de computadores e vídeo games e etc.? Uau!!! Na verdade, não se tem uma resposta única ou um manual, não. O que temos como adulta é a possibilidade de tomarmos consciência, de refletir e buscar caminhos. Talvez o que antigamente acontecia espontaneamente e sem tanta consciência, hoje acontece de forma mais consciente. Continuamos sendo, como adultos, os grandes zeladores da infância. Talvez tenhamos que buscar novos caminhos… Buscar o quintal… Juntar crianças em parques, descer aos playgrounds, buscar a natureza, a terra, a areia. Conter nossa ansiedade aflita de querer que criança desde 3 anos tenha quinhentas mil atividades depois da escolinha e reconhecer que o tempo livre para brincar é o que de melhor temos para oferecer a elas!

Talvez o que acontecia espontaneamente há um século quando o quintal era o nosso único grande espaço da infância, agora precise ser buscado, zelado e protegido. Precisamos tomar a consciência deste lugar como algo fundamental e imprescindível no desenvolvimento feliz de um ser humano! Não tínhamos consciência que subir em árvores, pular corda, correr, rolar, cantar, se esconder era algo tão importante… Apenas isso acontecia… E era natural… Este espaço e tempo do brincar, do quintal, da infância talvez seja, hoje em dia, o que nós, como zeladores da infância, precisamos nos atentar e proporcionar as crianças!

O que vocês pensam e sentem a respeito disso?

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